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Tétano é uma infeção bacteriana grave caracterizada por espasmos musculares. No tipo mais comum, os espasmos têm início no maxilar e progridem para o resto do corpo. Os episódios de espasmos têm geralmente a duração de alguns minutos e ocorrem com frequência durante três ou quatro semanas. Os espasmos podem ser de tal forma intensos que podem provocar fraturas ósseas. Os outros sintomas podem incluir febre, sudação, dor de cabeça, dificuldade ao engolir, hipertensão e aumento do ritmo cardíaco. Os sintomas geralmente manifestam-se entre três a vinte e dois dias após a infeção. O recobro pode levar meses. Cerca de 10% das pessoas infectadas morrem.
O tétano é causado pela infeção com a bactéria Clostridium tetani, a qual se encontra frequentemente no solo, no pó e no estrume. As bactérias geralmente penetram no organismo através de uma abertura na pele, como um corte ou uma punção, feitos por um objeto contaminado. Produzem toxinas que interferem com a contração dos músculos, o que produz os sintomas típicos da doença. O diagnóstico tem por base a observação dos sinais e sintomas. A doença não é contagiosa.
A vacinação com a vacina contra o tétano previne a infeção. Para pessoas com feridas significativas e menos de três doses da vacina, é recomendada a vacinação e administração de imunoglobulina antitetânica. Em pessoas que se encontram infetadas, é usada imunoglobulina antitetânica ou, caso não esteja disponível, imunoglobulina intravenosa. A ferida deve ser limpa e removido qualquer tecido morto. Os espasmos podem ser controlados com relaxantes musculares. Nos casos em que há comprometimento da respiração pode ser necessária ventilação mecânica.
Embora o tétano ocorra em todas as regiões do mundo, é mais frequente em climas quentes e húmidos e onde o solo contenha maior quantidade de matéria orgânica. Em 2013, a doença foi a causa de 59 000 mortes, uma diminuição em relação às 356 000 em 1990. A descrição mais antiga da doença que se conhece foi feita por Hipócrates desde o século V a.C. A causa foi determinada em 1884 por Antonio Carle e Giorgio Rattone na Universidade de Turim, tendo a vacina sido desenvolvida em 1924.